O Projeto
Manhattan modificou drasticamente o futuro das conflagrações bélicas
em todo o Planeta. Raros são aqueles que não souberam, de alguma forma, dos
resultados deste empreendimento militar dos Estados Unidos, concebido
secretamente. No fatídico dia 6 de agosto de 1945, o americano Paul Tibbets,
piloto do avião B-29, então intitulado de Enola Gay, foi o responsável pelo
lançamento de uma bomba
atômica, a primeira arma desse porte produzida
pela Humanidade.
Este instrumento
bélico trazia em si uma carga letal -equivalente a 15 mil toneladas de TNT -, o que lhe permitiu
arrasar o alvo, Hiroshima, localizada no Japão, naquele momento um dos
principais adversários dos norte-americanos e de seus aliados. O Little Boy, como
foi ironicamente chamada por seus criadores, aniquilou toda a arquitetura
existente em uma distância aproximada de 1,5 Km do núcleo central da explosão,
mergulhando toda a cidade em chamas sem fim. Pelo menos 70 mil pessoas
morreram, sem falar nos incontáveis habitantes atingidos pelas consequências da
radiação no final de 1945, número que continuou a crescer por mais cinco anos.
Depois de três dias foi a vez de Nagasaki, alvejada pela Fat Man,
que matou a princípio 40 mil pessoas, cálculo que em cinco anos atingiu a monta
de 140 mil vítimas. No dia 14 de agosto de 1945 o Japão se submeteu aos
adversários, dando fim à Segunda Guerra Mundial. A questão é: isto teria ocorrido se não fosse esse ataque sem
precedentes, gestado pelo Projeto que oficialmente era conhecido
como Distrito de
Engenharia de Manhattan? Alguns acreditam que a criação destas armas e o
lançamento de ambas nas cidades japonesas foram indispensáveis para o final
do conflito mundial,
enquanto outros crêem que o Japão teria se entregado mesmo sem essa solução
radical.
Os Estados Unidos
contaram com a parceria do Reino Unido e do Canadá neste empreendimento
liderado pelo General Leslie Richard Groves. A parte científica ficou a cargo
do físico norte-americano Julius Robert Oppenheimer, que se desligou do projeto
logo depois do primeiro teste realizado em Alamogordo, vinculando-se
posteriormente à Comissão para a Energia Atômica dos EUA, da qual foi
presidente até 1952. Os aliados alegavam acreditar que esta arma era uma
possibilidade concreta e que os nazistas já estavam realizando pesquisas
visando sua produção.
Esta concepção teve
tal magnitude que treze localidades distintas serviram de palco para os estudos
necessários e a posterior elaboração das armas nucleares. Mas apenas três cidades foram eleitas com o
objetivo de sediar o desenvolvimento científico deste projeto – Hanford, em
Washington; Los Alamos, no Novo México; e Oak Ridge, no Tennessee. Os
habitantes destas regiões foram praticamente forçados a abandonar suas terras,
muitos deles duas semanas antes do início das atividades secretas.
Os frutos do Projeto
Manhattan marcaram certamente o século XX, talvez imprimindo a este marco
temporal uma aura sombria. Muitos alegam que a criação das armas nucleares
envolve a possibilidade da eliminação de todos os conflitos bélicos, outros
acreditam que sua produção deu impulso para uma corrida armamentista que pode, em algum momento, representar uma
ameaça de destruição total para a Humanidade.
Na verdade, até mesmo
os integrantes do Projeto Manhattan estavam divididos quanto à utilização
militar das bombas nucleares. É preciso lembrar também que após o final da
Segunda Guerra deu-se início a uma nova modalidade bélica, a Guerra
Fria - envolvendo especialmente os EUA
e a União Soviética -,
a qual, mesmo não se concretizando nos fronts como suas
antecessoras, representou igualmente uma terrível ameaça para o Homem.
http://www.infoescola.com/historia/projeto-manhattan/
Einstein e a
Bomba Atômica
FÍSICA
Em 1939, Albert Einstein fez parte
do Projeto Manhattan, nos Estados Unidos, cujo objetivo final era produzir a
bomba atômica.
Bomba Atômica lançada sobre a cidade de
Hiroshima em 06/08/1945
No ano de 1939, mais precisamente em
dois de agosto, Albert Einstein escreveu uma carta ao então presidente dos
Estados Unidos, Frankin Delano Roosevelt, acerca da possibilidade da criação de
uma bomba configurada a partir de uma cadeia de reações em uma grande massa de
urânio (bomba atômica).
Dizia Einstein em sua carta que “nos últimos quatro meses tornou-se provável – através do trabalho de Joliot, na França, bem como de Fermi e Szilard, nos EUA – que seja possível desencadear, numa grande massa de urânio, uma reação nuclear em cadeia, que geraria vastas quantidades de energia e grandes porções de novos elementos com propriedades semelhantes às do elemento rádio”. Dizia ainda que essa reação permitiria a construção de bombas ao passo que “um único exemplar desse tipo, levada por um navio ou detonada em um porto, poderia muito bem destruir todo porto junto com uma grande área ao seu redor”.
Einstein pedira a Roosevelt que o programa nuclear se iniciasse o mais rápido possível. O presidente, por sua vez, reuniu cientistas, engenheiros, militares e funcionários do governo para juntos criarem o Projeto Manhattan, cujo objetivo final era produzir a bomba atômica.
Dizia Einstein em sua carta que “nos últimos quatro meses tornou-se provável – através do trabalho de Joliot, na França, bem como de Fermi e Szilard, nos EUA – que seja possível desencadear, numa grande massa de urânio, uma reação nuclear em cadeia, que geraria vastas quantidades de energia e grandes porções de novos elementos com propriedades semelhantes às do elemento rádio”. Dizia ainda que essa reação permitiria a construção de bombas ao passo que “um único exemplar desse tipo, levada por um navio ou detonada em um porto, poderia muito bem destruir todo porto junto com uma grande área ao seu redor”.
Einstein pedira a Roosevelt que o programa nuclear se iniciasse o mais rápido possível. O presidente, por sua vez, reuniu cientistas, engenheiros, militares e funcionários do governo para juntos criarem o Projeto Manhattan, cujo objetivo final era produzir a bomba atômica.
Esse projeto custou aos cofres públicos mais de 2 bilhões de dólares, para a construção de 37 laboratórios especiais para pesquisas em 19 estados, bem como no Canadá. É curioso ressaltar que, apesar do montante de recursos e da quantidade de pessoas envolvidas no projeto, o segredo foi tão bem mantido que praticamente ninguém fora de um pequeno círculo seleto sabia o que se passava.
Anos mais tarde, Einstein lamentou o papel que teve no desenvolvimento dessa arma destrutiva: “Eu cometi o maior erro da minha vida, quando assinei a carta ao Presidente Roosevelt recomendando que fossem construídas bombas atômicas”.
No dia 6 de agosto de 1945, o avião norte-americano Enola Gay lançou a primeira bomba atômica já usada em uma guerra sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, matando cerca de 140 mil pessoas. Três dias depois foi a vez Nagasaki ser atingida por outra bomba. Este último artefato foi lançado cerca 1,5 km longe do alvo, que era o centro da cidade e, mesmo assim, matou 75 mil pessoas.
Hoje, apesar da existência do Tratado de Não proliferação Nuclear, assinado em 1961, vários países ainda têm interesse na construção de armas nucleares para se fortalecerem política e militarmente.
Após a construção da bomba atômica, surgiu a bomba H (hidrogênio), com poder de destruição dez vezes maior que a primeira bomba atômica, e hoje, pelo menos na ficção, estão tentando criar a bomba de antimatéria, infinitamente mais destrutiva do que a bomba de Hidrogênio.
Em 2009, a bomba atômica voltou a ser notícia no mundo inteiro, após o Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciar, no dia 23 de junho, novos testes com mísseis capazes de atingir Israel e as bases americanas no Golfo Pérsico. Recentemente, o presidente iraniano declarou ao mundo que retomará as pesquisas nucleares no país.
Por Kléber Cavalcante
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola
http://brasilescola.uol.com.br/fisica/einstein-bomba-atomica.htm
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