segunda-feira, 10 de abril de 2017

A Arte Gótica


O estilo gótico foi na realidade um aprofundamento dos elementos básicos do românico, principalmente no que diz respeito à verticalidade. O clima religioso daquela época favoreceu a construção de edifícios bem mais altos, que refletiam o desejo de uma ascensão espiritual.

De modo depreciativo foi chamada de gótico pelos estudiosos do Renascimento. Eles relacionaram esse novo estilo aos “godos” (povo bárbaro de origem germânica que invadiu o Império Romano e causou grandes destruições). Com o passar do tempo, o nome gótico ficou definitivamente relacionado à arquitetura de arcos ogivais.
O gótico se originou na França e se espalhou por várias regiões. A primeira manifestação gótica ocorreu ao norte de Paris com a reconstrução de abadia de Saint-Denis (1140 – 1144).
Abadia de Saint-Denis (1140 – 1144).https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_Saint-Denis
A Arquitetura Gótica 

 Conheço algumas características das construções góticas:

 A fachada: A igreja gótica apresenta três portais. No portal central há uma rosácea (vitral circular), presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.

Fachada da Catedral de Notre-Dame
https://es.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Notre_Dame_(Par%C3%ADs)

Os arcos: o arco ogival que apresenta uma quebra em sua parte superior, possibilitou a construção de igrejas mais altas, acentuando a impressão de verticalidade.
Vista Interna da Catedral de Salisbury
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Salisbury#/media/File:1023581-Cathedral_Church_of_St_Mary_(10).jpg

As abóbadas: a utilização de arcos ogivais permitiu a construção de abóbadas de nervuras nas igrejas góticas, substituindo, assim, as abóbadas de berço e de arestas usadas na arquitetura românica. 
Os pilares: nas igrejas góticas, as abóbadas eram apoiadas nos pilares ou colunas de sustentação. Com a utilização desse novo tipo de apoio, as grossas paredes e pequenas janelas da arquitetura românica desapareceram e deram lugar a paredes mais leves e grandes vitrais, que proporcionaram uma iluminação peculiar à igreja gótica.
Vista Interna da Catedral de Salisbury https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Salisbury
#/media/File:Catedral_de_Salisbury,_Salisbury,_Inglaterra,_2014-08-12,_DD_38-40_HDR.JPG

A arquitetura gótica esteve presente na construção civil, consequência lógica do desenvolvimento das cidades.
Podemos observar o estilo gótico nas mais diversas edificações entre os séculos XIII e XV.

A Escultura 

Assim como a escultura românica, também a gótica estava ligada a arquitetura. As figuras eram grandemente esculpidas de forma isolada, ao contrário das românicas, aglomeradas e entrelaçadas.
As figuras fantasiosas e desproporcionais do estilo românico foram substituídas por figuras mais realistas que retratavam os valores mais importantes daquela época. Elas eram mais eretas e acompanhavam a verticalidades da arquitetura gótica. Contudo, o tema principal continuou sendo religioso.

Detalhe do portal da catedral de Chartres
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_do_g%C3%B3tico#/media/File:Chartres2006_077.j




Portal da catedral de Notre-Dame
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Notre-Dame_de_Paris#/media/File:Paris_July_2011-39.jpg
A Pintura Gótica

 Em relação a arquitetura e a escultura, a pintura gótica teve seu nascimento tardio. As primeiras configurações góticas se deram no século XIII e predominâncias até o século XV. As principais características da pintura góticas foram:
Profundidade: diferentemente da pintura românica onde a cena acontecia num único plano, a pintura gótica procurava dar algum movimento as figuras através da postura dos corpos e das paisagens de fundo. Porem, a ilusão de profundidade só se realizou plenamente no movimento que procedeu o gótico: o Renascimento.

Crucificação - Giotto
https://hav320142.files.wordpress.com/2014/10/giotto-di-bondone-crucifix-3-s.jp

Realismo: as figuras são representadas de forma mais detalhadas e realista. O artista tenta reproduzir os seres exatamente como eles são. Contudo, isso só foi possível no Renascimento através dos estudos de anatomia quando a dissecação de cadáveres foi permitida, ante proibição pela igreja.

Fonte:
CALABRIA, Carla Paula Brondi. Arte, História e Produção 2. São Paulo. FTD, 1997.



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