sábado, 25 de março de 2017

Impressionismo


"Almoço sobre a Relva" de 1863 Édouard Manethttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Manet%2C_Edouard_-_Le_D%C3%A9jeuner_sur_l%27Herbe_%28The_Picnic%29_%281%29.jpg   
   
A inovação na forma de pintar teve início com Édouard Manet (1832-1883). Ele utilizou suas cores vibrantes e luminosas, abandonando o método acadêmico de suaves gradações de cores. Em 1863 Manet enviou para o Salão Oficial dos Artistas Franceses a obra “Almoço  sobre a Relva”, quadro que foi rejeitado e severamente criticado pelo comitê de seleção do salão, pois rompia com os critérios morais e estéticos da época. Manet retratou nessa obra duas mulheres, uma delas nua, em companhia de dois homens bem vestidos num piquenique.
Contudo, como muitas obras de outros artistas também foram recusados, eles se organizaram e recorreram ao Imperador Napoleão III, que, sob fortes protestos autorizou no mesmo ano a realização de uma exposição paralela à oficial, chamada de Salão dos Recusados. Depois desse salão, vários artistas, entre eles Renoir, Degas, Cézanne, Monet e outros, passaram a organizar suas próprias exposições (1874 a 1886). Na primeira delas, um quadro de Claude Monet, Impressão: o Nascer do Sol, sugeriu ao crítico Louis Leroy o nome Impressionista para denominar esse gruo de artistas, com um certo tom de desprezo.
Não só Louis Leroy mas também muitos outros críticos de arte ‘atacavam” qualquer artista que não seguissem os padrões estabelecidos pela academia.

Impressão: o Nascer do Sol, Claude Monet https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/54/Claude_Monet%2C_Impression%2C_soleil_levant.jpg/800px-Claude_Monet%2C_Impression%2C_soleil_levant.jpg

O artista impressionista centrou-se sobretudo na paisagem e seu interesse voltou para a natureza dessa forma deu pouca importância aos temas sociais como havia feito Courbet no Realismo. Ao observar a natureza ao ar livre, o artista impressionista expressava sua relação pessoal com e captava em sua tela a primeira impressão percebida, a “sensação”. No Impressionismo não tinham contorno nítidos, pois as linhas de contorno não existem na natureza, são abstrações usadas pelo homem para representar imagens, as cores empregadas eram primarias (azul, vermelho e amarelo) e as secundarias (roxo, laranja e verde), todas elas aplicada na tela om pincel, espátula, com o dedo ou diretamente do tubo, não havendo assim uma mistura das tintas na paleta.
Ao olharmos uma obra impressionista de perto vemos apenas pinceladas separada que produzem a sensação de mancha sem contorno. Porém, se olhamos de longe, as pinceladas organizam-se em nossas retinas criando formas e luminosidades.

Pierre-Auguste Renoir, Le Moulin de la Galette
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/21/Pierre-Auguste_Renoir%2C_Le_Moulin_de_la_Galette.jpg/800px-Pierre-Auguste_Renoir%2C_Le_Moulin_de_la_Galette.jpg

Outro famoso artista impressionista Pierre-Auguste Renoir costuma ser chamado de "o pintor da vida". Ainda que nunca tivéssemos visto um quadro seu sequer, essa bela maneira de se referir a ele seria um forte chamariz para a obra deste homem, tido como uma pessoa alegre e carismática em vida, sempre rodeada de amigos.
No caso de Renoir, que até gostava de pintar paisagens mas tinha clara preferência por retratar pessoas (fossem retratos de conhecidos ou de cidadãos anônimos), o mundo era composto por ruas reluzentes, muita luz e vida cotidiana, seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Estes eram os temas preferidos em sua obra.


Fonte:

http://mestres.folha.com.br/pintores/16/


CALABRIA, Carla Paula Brondi. Arte, História e Produção 2. São Paulo. FTD, 1997.   

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