"Almoço sobre a Relva" de 1863 Édouard Manethttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Manet%2C_Edouard_-_Le_D%C3%A9jeuner_sur_l%27Herbe_%28The_Picnic%29_%281%29.jpg |
A inovação na forma de pintar teve início com Édouard Manet
(1832-1883). Ele utilizou suas cores vibrantes e luminosas, abandonando o
método acadêmico de suaves gradações de cores. Em 1863 Manet enviou para o
Salão Oficial dos Artistas Franceses a obra “Almoço sobre a Relva”, quadro que
foi rejeitado e severamente criticado pelo comitê de seleção do salão, pois
rompia com os critérios morais e estéticos da época. Manet retratou nessa obra
duas mulheres, uma delas nua, em companhia de dois homens bem vestidos num
piquenique.
Contudo, como muitas obras de outros artistas também foram
recusados, eles se organizaram e recorreram ao Imperador Napoleão III, que, sob
fortes protestos autorizou no mesmo ano a realização de uma exposição paralela à
oficial, chamada de Salão dos Recusados. Depois desse salão, vários artistas,
entre eles Renoir, Degas, Cézanne, Monet e outros, passaram a organizar suas
próprias exposições (1874 a 1886). Na primeira delas, um quadro de Claude
Monet, Impressão: o Nascer do Sol, sugeriu ao crítico Louis Leroy o nome
Impressionista para denominar esse gruo de artistas, com um certo tom de
desprezo.
Não só Louis Leroy mas também muitos outros críticos de
arte ‘atacavam” qualquer artista que não seguissem os padrões estabelecidos
pela academia.
O artista impressionista centrou-se sobretudo na paisagem e
seu interesse voltou para a natureza dessa forma deu pouca importância aos
temas sociais como havia feito Courbet no Realismo. Ao observar a natureza ao
ar livre, o artista impressionista expressava sua relação pessoal com e captava
em sua tela a primeira impressão percebida, a “sensação”. No Impressionismo não
tinham contorno nítidos, pois as linhas de contorno não existem na natureza,
são abstrações usadas pelo homem para representar imagens, as cores empregadas
eram primarias (azul, vermelho e amarelo) e as secundarias (roxo, laranja e
verde), todas elas aplicada na tela om pincel, espátula, com o dedo ou
diretamente do tubo, não havendo assim uma mistura das tintas na paleta.
Ao olharmos uma obra impressionista de perto vemos apenas
pinceladas separada que produzem a sensação de mancha sem contorno. Porém, se
olhamos de longe, as pinceladas organizam-se em nossas retinas criando formas e
luminosidades.
Outro famoso artista impressionista Pierre-Auguste
Renoir costuma ser chamado de "o pintor da vida". Ainda que nunca
tivéssemos visto um quadro seu sequer, essa bela maneira de se referir a ele
seria um forte chamariz para a obra deste homem, tido como uma pessoa alegre e
carismática em vida, sempre rodeada de amigos.
No caso de Renoir, que até gostava de pintar paisagens mas tinha clara
preferência por retratar pessoas (fossem retratos de conhecidos ou de cidadãos
anônimos), o mundo era composto por ruas reluzentes, muita luz e vida cotidiana, seus quadros
manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim
do século XIX. Estes eram os temas preferidos em
sua obra.Fonte:
http://mestres.folha.com.br/pintores/16/
CALABRIA, Carla Paula Brondi. Arte, História e Produção 2.
São Paulo. FTD, 1997.
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