Este estilo prevaleceu na Europa no
período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).
Arquitetura
Fundamentalmente religiosa, pois somente a Igreja cristã e as ordens
religiosas possuíam fundos suficientes ou pelo menos a organização eficiente
para arrecadá-los e financiar o erguimento de capelas, de igrejas e de
mosteiros.
Na arquitetura,
principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de
volta-perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um
estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas, quase sem
reboco, e existiam poucas e pequenas janelas deixando seus interiores
geralmente sombrios. Tanto as igrejas como os castelos passavam uma idéia de
construções “pesadas”, voltadas para a defesa. Daí serem chamadas: fortalezas
de Deus. As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada
das “forças do mal”, enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos
ataques inimigos durante as guerras.
No final dos séculos
XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às
construções dos antigos romanos.
As características mais significativas
da arquitetura românica são:
- Abóbadas em substituição
ao telhado das basílicas;
- Pilares maciços que
sustentavam as paredes espessas;
- Aberturas raras e
estreitas usadas como janelas;
- Torres, que aparecem
no cruzamento das naves ou na fachada; e
- Arcos que são
formados por 180 graus.
A mais famosa é a
Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário
que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se
inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.
Na Itália, diferente do resto da
Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.
Catedral de Pisa |
Escultura
Subordinada
a a arquitetura e a religião . são esculpidos relevos e estatuas colunas para
ornamentar as paredes que não se limitando apenas ao interior, aparecem também
nas fachadas das construções românicas. Seus relevos mostram cenas do antigo e
novo testamento. O juízo final, figuras de animais fantasiosos e demônios (que
representam as tormentas a que os pecadores, após a morte, seriam submetidos).
Tanto a escultura
como a pintura românica retratavam temas religiosos, pois, numa época em que
havia pouquíssimos letrados, a igreja recorria à arte para transmitir os
ensinamentos religiosos.
Pórtico da Basílica de San |
Zenno Maggiore
Pintura
Parte da
pintura românica é desenvolvida sob a forma de murais, pois as construções
apresentavam paredes com poucas e pequenas janelas que possibilitavam grandes
superfícies para serem trabalhadas. Geralmente utilizava-se a técnica de
afresco, ou seja, pintura feita sobre uma parede com o reboco inda fresco. Daí
o nome afresco.
Uma das
principais características da pintura românica é a deformação. O artista
interpretava de modo místico a realidade e retratava seus sentimentos
religiosos nas figuras de forma desproporcional. Por exemplo, Cristo sempre era
pintado em tamanho maior do que as outras figuras próximas a ele, seus braços e
mãos tinham proporções exagerados para acentuar o gesto de abençoar, seus olhos
eram arregalados, simbolizando, assim, uma intensa espiritualidade.
Cristo em Majestade |
As cores na
pintura românica eram vivas e planas e os perfis eram bem marcados.
A pintura
também aparece nos manuscritos sob a forma de Iluminuras, ou seja, ilustrações
de textos com cores vivas, ornamentadas com ouro e prata.
As
Iluminuras podem ser letras iniciais do texto, folhagens e flores colocadas nas
margens de textos, figuras ou cenas.
Iluminura |
CALABRIA, Carla Paula Brondi. Arte, História e Produção 2.
São Paulo. FTD, 1997.
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