quarta-feira, 22 de março de 2017

Idade Média - ESTILO ROMÂNICO



Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).

Arquitetura
Fundamentalmente religiosa, pois somente a Igreja cristã e as ordens religiosas possuíam fundos suficientes ou pelo menos a organização eficiente para arrecadá-los e financiar o erguimento de capelas, de igrejas e de mosteiros.
Na arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas, quase sem reboco, e existiam poucas e pequenas janelas deixando seus interiores geralmente sombrios. Tanto as igrejas como os castelos passavam uma idéia de construções “pesadas”, voltadas para a defesa. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada das “forças do mal”, enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos ataques inimigos durante as guerras.
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da arquitetura românica são:

-      Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
-      Pilares maciços que sustentavam as paredes espessas;
-      Aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
-      Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
-      Arcos que são formados por 180 graus.

A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.
Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas.

Catedral de Pisa


Escultura
Subordinada a a arquitetura e a religião . são esculpidos relevos e estatuas colunas para ornamentar as paredes que não se limitando apenas ao interior, aparecem também nas fachadas das construções românicas. Seus relevos mostram cenas do antigo e novo testamento. O juízo final, figuras de animais fantasiosos e demônios (que representam as tormentas a que os pecadores, após a morte, seriam submetidos).
Tanto a escultura como a pintura românica retratavam temas religiosos, pois, numa época em que havia pouquíssimos letrados, a igreja recorria à arte para transmitir os ensinamentos religiosos.

Pórtico da Basílica de San
 Zenno Maggiore



Pintura
Parte da pintura românica é desenvolvida sob a forma de murais, pois as construções apresentavam paredes com poucas e pequenas janelas que possibilitavam grandes superfícies para serem trabalhadas. Geralmente utilizava-se a técnica de afresco, ou seja, pintura feita sobre uma parede com o reboco inda fresco. Daí o nome afresco.
Uma das principais características da pintura românica é a deformação. O artista interpretava de modo místico a realidade e retratava seus sentimentos religiosos nas figuras de forma desproporcional. Por exemplo, Cristo sempre era pintado em tamanho maior do que as outras figuras próximas a ele, seus braços e mãos tinham proporções exagerados para acentuar o gesto de abençoar, seus olhos eram arregalados, simbolizando, assim, uma intensa espiritualidade.

Cristo em Majestade
As cores na pintura românica eram vivas e planas e os perfis eram bem marcados.
A pintura também aparece nos manuscritos sob a forma de Iluminuras, ou seja, ilustrações de textos com cores vivas, ornamentadas com ouro e prata.
As Iluminuras podem ser letras iniciais do texto, folhagens e flores colocadas nas margens de textos, figuras ou cenas.

Iluminura



CALABRIA, Carla Paula Brondi. Arte, História e Produção 2. São Paulo. FTD, 1997.   

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