O conceito de hegemonia (palavra de origem grega que
significa “supremacia”, “preponderância”) entende-se o processo pela qual uma
classe dominante consegue que seu projeto seja aceito pelos dominados,
desarticulando a visão de um mundo autônoma de cada grupo potencialmente
adversário. A divulgação das ideias dominantes pode ser feita por instituições
estatais ou privadas, tais como o sistema escolar, a igreja, os partidos políticos,
os sindicatos e os meios de comunicação. As relações hegemônicas envolvem,
portanto, uma prática de convencimento, de ensino e aprendizagem.
Segundo o pensador italiano Antonio Gramsci (1891 – 1937),
uma classe se torna hegemônica, além do poder coercitivo e policial, utiliza a
persuasão, produz o consenso, que é desenvolvido mediante um sistema de ideias
muito bem elaborado por intelectuais a serviço do poder, para convencer a
maioria das pessoas.
A ideologia seria o espaço de dominação, que se estabelece
além do uso legítimo da força do Estado, como também pelos aspectos moral e
intelectual da sociedade baseados nos elementos culturais de cada povo.
Para Gramsci existe a possibilidade de um processo de
contra hegemonia, desenvolvidos pelos intelectuais orgânicos, vinculados a
classe trabalhadora, na defesa dos seus interesses. Utilizado outra forma de
“pensar, agir e sentir” diferentes dos meios e ideais burgueses.
O sociológico francês Pierre Bourdieu (1930 – 2002)
desenvolveu o conceito de violência simbólica para designar formas culturais
que impõem e fazem com que aceitamos como normal, ou seja, a partir da
naturalização da história, condições em que os fatos sociais, independentemente
de ser bons ou ruins, passam a ser naturais e tornam-se uma “verdade” para a
sociedade. É pela cultura, portanto, que as classes dominantes garantem o
controle ideológico, desenvolvendo uma prática cuja a finalidade é manter o
distanciamento entre classes sociais. Assim existiriam práticas sociais e
culturas que distinguem a que classe social pertence, por exemplo os “cultos”
dos “incultos”, isto representaria uma violência simbólica, ou seja, uma
imposição que define quem tem ou não cultura.
TOMAZI, Nelson Dacio.
Sociologia para o ensino médio. Volume Único. 3. ed. São Paulo. Saraiva, 2013.
Amo sua escrita, ela ajuda muito nos meus textos
ResponderExcluirObrigada
ResponderExcluirObrigada
ResponderExcluir